segunda-feira, 22 de junho de 2009

Graffiti

Graffite é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Inscrição caligrafada ou um desenho pintado/ gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade, porém com autorização do proprietário (diferente da pichação).



Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o graffite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso.



No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis, como Osgemeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo - aí incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres - admitem ter um passado de pichadores.
A partir do movimento contracultural de maio de 1968, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas ad nauseam (“vencer o adversário pelo cansaço”), como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip-hop, e a variados graus de transgressão.
Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX.

O grafitti é encorporado na moda com a utilização de estampas, além do estilo bem urbano nas roupas. Grifes como Maria Bonita, e a Ellus, que contratou grafiteiros para participarem da sua campanha de inverno “grafitedeluxe”. A grande sacada ficou por conta do processo de criação das peças publicitárias – no caso outdoors – que aconteceu ao vivo nas ruas, exatamente como o graffiti é feito.


Um comentário:

  1. Olá!

    Pesquisando sobre "tribos urbanas" topei com teu blog e me encantei com a excepcional qualidade das postagens! Parabéns pelo trabalho e competência!

    Aproveito para deixar aqui o endereço de um outro blog meu, de professor - motivo da minha pesquisa:

    http://arsducaest.blogspot.com/

    Abraços e bons caminhos...

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